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Barreira argentina atinge US$ 200 milhões das exportações gaúchas

 A Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul estima que a nova
barreira da Argentina vá prejudicar US$ 200 milhões das exportações
anuais gaúchas para o país vizinho. Entre os segmentos atingidos, estão
fabricantes de ferro fundido, aço, adubos, carnes, móveis, couro, fibras
sintéticas e papel. O valor representa 13% do total exportado pelo Rio
Grande do Sul para a Argentina.

A nova barreira do governo argentino consistiu em elevar de 400 para
600 o número de itens na lista de produtos que não conseguem licença
automática de importação. Com isso, eleva a burocracia e a demora para
liberação dos pedidos por parte dos compradores argentinos de produtos
brasileiros.

A Organização Mundial do Comércio estabelece 60 dias como prazo para
emissão do documento, mas os empresários reclamam que a demora tem
ultrapassado 90 dias, o que atrasa as vendas e provoca a desistência de
encomendas.

– Sabe-se que é uma medida de proteção deles para a indústria local,
reduzindo importações. Só que o Brasil não faz o mesmo. É preciso que se
mantenha o equilíbrio. – opina o presidente da Fiergs, Paulo Tigre.

Tigre espera que o governo brasileiro tome medidas para que a Argentina recue nas dificuldades às importações.

– Tem um fabricante gaúcho que compra aço de lá, usa aqui para
fabricar peças que depois seriam exportadas novamente para a Argentina.
Assim, ele terá que parar de comprar a matéria-prima.

O anúncio argentino aconteceu às vesperas de uma reunião comercial
com autoridades brasileiras, marcada para amanhã. Autoridades do Brasil
avaliam a possibilidade de uma retaliação. As exigências começam a
vigorar em 20 dias.

fonte: Zero Hora