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Economia gaúcha cresce 5,6% até setembro, segundo a FEE

A economia do Rio Grande do Sul cresceu 5,6% até setembro, mantendo índice superior à média nacional em todas as análises de 2011. Os números do Índice Trimestral de Atividade Produtiva (ITAP) gaúcha foram divulgados nesta quinta-feira por técnicos da Fundação de Economia e Estatística (FEE).

De acordo com o economista Martinho Lazzari, que coordenou o estudo, “a boa notícia é que no Rio Grande do Sul a desaceleração da economia é menor, o que coloca o Estado em posição muito boa no cenário nacional e na comparação com outros”. Para o Brasil, os dados do IBGE indicam crescimento em torno de 3,5%. No terceiro trimestre, o crescimento econômico no RS foi de 3,3%, o que representa uma retração de 0,3% em relação ao trimestre anterior.

No período, os produtos que tiveram crescimento destacado no período foram o milho (14,1%), a laranja (11,6%) e o fumo (4,7%), no setor de agropecuária. Nos Serviços, a maior expansão foi no comércio (4,4%), intermediação financeira (3,4%) e administração pública e aluguéis (2,7%). Na indústria, o fumo atingiu o primeiro lugar, com 17,4%, seguido de máquinas e equipamentos (9,4%) e produtos de metal (5,1%).

— Esses dados mostram de maneira bem clara que, ainda que o índice seja positivo, existe uma desaceleração, característica do momento nacional. Mas no Rio Grande do Sul essa desaceleração econômica é mais lenta pela característica do perfil das atividades do Estado, concentradas na agropecuária e nas exportações, que vivem um excelente momento — explica Lazzari.

O setor agropecuário continua impulsionando o crescimento da economia gaúcha, mantendo o primeiro lugar em expansão no trimestre: 4,2%, seguido dos serviços (3,4%) e da indústria (2,1%). No total do ano de 2011 (três trimestres, até setembro), as atividades agrícolas têm 14,2% de crescimento, enquanto o setor de serviços tem 5,3% e o da indústria 3%.

A perspectiva dos economistas da FEE para o fechamento dos números de 2011 também é otimista para o Rio Grande do Sul. De acordo com o presidente da FEE, Adalmir Marchetti, a perspectiva é que o Estado cresça em torno de 5% ao final do ano, enquanto o Brasil, segundo as projeções do IBGE, deve ficar em torno de 3,5%.

— Estes resultados são muito positivos, considerando a realidade nacional e internacional, que é de crise econômica ainda mais profunda. O Rio Grande do Sul não pode perder este momento — afirmou o secretário do Planejamento, Gestão e Participação Cidadã, João Motta.

fonte: Zero Hora