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Mercado americano tem potencial para absorver mais produtos gaúchos, diz coordenador da Apex

As dificuldades econômicas enfrentadas pelos Estados Unidos com a crise da dívida não diminuíram a importância do mercado americano para as empresas brasileiras, defendeu o coordenador de Desenvolvimento de Novos Produtos da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Juarez Leal, na abertura do seminário “Mercado Foco Estados Unidos”.

Durante o evento, realizado em parceria com a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) nesta segunda-feira em Porto Alegre, a agência orientou os empresários gaúchos sobre como aproveitar melhor o potencial de exportação para os EUA. Leal destacou que “norte-americanos vão continuar comprando e são a locomotiva do mundo”.

Com um Produto Interno Bruto (PIB) superior à soma de todos os países da União Europeia, segundo o executivo da Apex, os EUA são um grande mercado consumidor, não apenas pelo tamanho de sua população, que deve atingir 332 milhões de pessoas em 2015, como também pelo alto poder aquisitivo. Em 2010, as importações totais dos norte-americanos chegaram a US$ 1,9 trilhão. Desse total, pouco mais de 1,3% foram comprados de empresas brasileiras.

Por outro lado, o país é o segundo destino das vendas externas do Brasil. No ano passado, 5.834 companhias nacionais exportaram US$ 24,9 bilhões para lá. Segundo Leal, esses embarques podem ser maiores se os exportadores apostarem na consolidação de marcas e melhoria do pós-venda:

— Com esse tipo de investimento, podem agregar valor aos seus produtos e compensar o câmbio desfavorável à exportação — afirma.

O gerente-adjunto do Centro de Negócios da Apex em Miami, Fernando Spohr, citou algumas áreas com maior potencial para as empresas nacionais no mercado dos EUA: alimentos, bebidas, agronegócios, máquinas e equipamentos, casa e construção e moda. Spohr apresentou as tendências, perspectivas e oportunidades, bem como as ações para melhor posicionar o exportador no mercado norte-americano.

fonte: Zero Hora