O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quinta-feira (26) que o governo pretende continuar pavimentando o caminho para mais reduções da taxa básica de juros do país. Segundo ele, para isso, a política fiscal será mantida neste ano, com reduções de gastos de custeio
Ao mesmo tempo, Mantega afirmou que os investimentos federais também serão preservados, como os voltados para infraestrutura. Ele chamou a atenção ainda para os desembolsos programados pelas estatais, como a Petrobras,e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
“Haverá mais crescimento com menos inflação”, disse Mantega, em entrevista para a imprensa internacional.
Nesta quinta-feira, por meio da publicação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o Banco Central deu fortes sinais de que busca levar a Selic – hoje em 10,50% – para um dígito apenas.
Questionado sobre como o governo poderia atuar para viabilizar essa queda na taxa básica, Mantega disse que o governo precisaria moderar os gastos. Ele ressaltou ainda que a atual situação internacional também ajuda neste sentido.
O ministro disse ainda que a inflação no Brasil está em queda, e caminhando para o centro da meta oficial do governo, que é de 4,5% pelo IPCA. Ele, no entanto, afirmou que não sabe se a inflação fechará este ano exatamente no centro da meta.
Mantega disse ainda que o governo continua trabalhando para cumprir a meta cheia de superávit primário – economia feita pelo setor público para pagamento de juros- neste ano, que é de cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB).
O ministro repetiu ainda que o corte no Orçamento que está sendo elaborado pelo governo para este ano está em linha com o necessário para o cumprimento dessa meta.
Sobre a atual valorização do real frente ao dólar, Mantega afirmou que ela se deve “mais à depreciação do dólar no mercado internacional”.
Sobre o cenário internacional, Mantega afirmou ainda que está afastada uma situação de rompimento na Europa, mas que os problemas ainda não foram resolvidos e que ainda haverá mais volatilidade.
fonte: G1