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Brasil é 14º lugar em ranking de desenvolvimento, aponta Anefac

O Brasil ocupa o 14º lugar no ranking de desenvolvimento dos países que
fazem parte do G-20 (grupo que reúne as maiores economias do mundo),
segundo indicador divulgado nesta segunda-feira (13) pela Associação
Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade
(Anefac). A classificação leva em conta nove quesitos que apontam o
desenvolvimento da economia e da população dos países – como saúde,
educação e renda -, a partir de dados fornecidos pelos próprios governos
à Organização das Nações Unidas (ONU).

Foram considerados os
dados de 19 países: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina,
Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França,
Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia.
A União Europeia, que também faz parte do G-20, não entrou no
ranking.  

A pesquisa aponta a Austrália como líder em
desenvolvimento, com 6,876 pontos, seguida por Alemanha (6,633 pontos) e
França (6,521 pontos). O Brasil (4,276 pontos) aparece em 14º lugar,
atrás de países como Argentina (5,104 pontos), em 10º, e Arábia Saudita
(4,500 pontos), em 13º.

Segundo o ranking elaborado pela Anefac, o
Brasil é o segundo país mais bem classificado entre os emergentes que
compõem o grupo dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do
Sul). Nesta comparação, o País fica atrás somente da Rússia, que aparece
em 11º lugar, com 5,034 pontos.

Para o Brasil se transformar
definitivamente em um país desenvolvido, os coordenadores da pesquisa,
Gianni Ricciardi e Roberto Vertamatti, defendem a necessidade de ações
consistentes na educação e na distribuição de renda, fatores em que o
País teve desempenho ruim.

No quesito Saúde, o Brasil repete a
posição geral e ocupa o 14º lugar no ranking da Anefac. O desempenho
brasileiro é afetado pelo nível baixo de gastos públicos com saúde,
equivalente a apenas 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Em países mais
desenvolvidos na área, como a França, os gastos chegam a 8,7% do PIB.
A
expectativa de vida ao nascer no Brasil, de 72,9 anos, também é bem
inferior a de países líderes como Japão, de 83,2 anos, e Austrália, de
81,9 anos. Por outro lado, apenas 6% da população brasileira é afetada
pela desnutrição, índice próximo aos melhores colocados, como França e
Austrália (5% em ambos os casos).

Na categoria Educação, o Brasil
fica em 12º lugar. A pesquisa mostra que, enquanto no Brasil as
crianças ficam em média 13,8 anos na escola, nos países mais
desenvolvidos esse período fica ao redor de 16 anos. Com relação ao uso
de internet, no Brasil são 37,5 usuários a cada 100 habitantes, enquanto
nos países desenvolvidos os usurários são em torno de 75 cidadãos a
cada 100.

Mesmo com PIB de US$ 2,1 trilhões, o oitavo maior do
mundo, os indicadores de renda posicionam o Brasil em 15º lugar no
ranking do G-20. Isso ocorre em função da renda per capita baixa no
País, de US$ 10,847, praticamente um terço da renda per capita dos
países desenvolvidos. O único indicador em que o Brasil lidera é o de
Sustentabilidade, com destaque para a baixa emissão de carbono e o alto
porcentual de território protegido contra o desmatamento (28%). Nos
Estados Unidos, são 14,8% e, no Canadá, 8%.

fonte: Jornal Do Comercio