Pela primeira vez no ano, a atividade na construção civil cresceu. De
acordo com a Sondagem Indústria da Construção, divulgada nesta quarta-feira (29) pela
Confederação Nacional da Indústria (CNI), em maio foram registrados
53,1 pontos no setor. Quem puxou o indicador para cima foram as grandes
empresas, que registraram 58 pontos no índice. As médias registraram
51,2 e as pequenas, 50,1 pontos. Indicadores acima de 50 pontos – em uma
variação que vai de 0 a 100 – indicam atividade acima do usual ou
expectativa positiva.
O crescimento registrado de abril para maio, no entanto, foi menos
intenso se a comparação for feita com o mesmo período de 2010, quando
foram registrados 55,8 pontos.
A CNI informa que a atividade usual apresentada em maio obteve 50,9
pontos, voltando ao nível considerado normal para o período. Desde
dezembro de 2010, quando foram registrados 54,7 pontos, esse índice vem
caindo. Em fevereiro de 2011 atingiu 50,1 pontos e, em abril, fechou com
48,3 pontos. De acordo com o estudo, aumentou também o número de
pessoas empregadas no período, passando de 49,9 para 52,6 pontos.
O indicador do nível de atividade registrou 63 pontos, e as
expectativas de novos empreendimentos e serviços marcaram 62 pontos. Já o
indicador de compras de insumos e matérias-primas marcou 62,2 pontos, e
o de número de empregados, 61,8 pontos.
De acordo com a sondagem, o crescimento de todos os indicadores de
expectativas para os próximos seis meses mostra um otimismo mais
disseminado. “Contudo, o nível de expectativa ainda é inferior ao
observado em junho do ano passado”, destaca a pesquisa.
Apesar dos números positivos, o economista da CNI Danilo Garcia
considera que o crescimento do setor deve ser visto com moderação e que
ainda não dá para afirmar que ele seja permanente. “Temos de aguardar os
próximos indicadores para verificar se há realmente uma tendência
positiva”, disse.
A Sondagem Indústria da Construção procura saber as expectativas dos
empresários para os próximos seis meses sobre nível de atividade, novos
empreendimentos, compras de insumos e contratação de pessoal. A
pesquisa foi feita entre os dias 31 de maio e 15 de junho, com 424
empresas. Destas, 210 são pequenas, 164 médias e 50 grandes.
fonte: Jornal do Comercio