A balança comercial brasileira registrou um superávit (exportações
menos importações) de US$ 10,5 bilhões na parcial deste ano, até 12 de
junho, segundo informações divulgadas nesta segunda-feira (13) pelo
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
O aumento do saldo comercial em 2011 está relacionado, entre outros
fatores, com a elevação dos preços das chamadas “commodities” (produtos
básicos com cotação internacional, como alimentos, petróleo e minério de
ferro, entre outros) no mercado externo.
De acordo com números do governo, as vendas externas somaram US$ 103,35
bilhões no acumulado deste ano, com crescimento de 29,5% sobre o mesmo
período de 2010. Ao mesmo tempo, as importações totalizaram US$ 92,83
bilhões, com elevação de 27%.
Começo de junho
No início de junho, ainda segundo informações do Ministério do
Desenvolvimento, o superávit da balança comercial somou US$ 1,95 bilhão.
O resultado foi registrado nas duas primeiras semanas deste mês, até o
dia 12.
Segundo os números do governo, as exportações somaram US$ 8,73 bilhões
na parcial de junho, com média diária de US$ 1,09 bilhão, ao mesmo tempo
em que as compras do exterior totalizaram US$ 6,78 bilhões no começo
deste mês, com média de US$ 847 milhões por dia útil. Sobre junho do ano
passado, as vendas externas subiram 34,2%, e as importações subiram
20%.
Ano de 2010 e previsões
No ano passado, com o forte crescimento das importações, fruto do
elevado ritmo de crescimento da economia brasileira (acima de 7,5%) e do
dólar baixo – fator que encarece as vendas externas e tornam as compras
do exterior mais baratas – o saldo comercial ficou positivo em US$
20,27 bilhões, o valor mais baixo em oito anos.
O desempenho da balança comercial em 2011, entretanto, vem
surpreendendo analistas. No começo deste ano, os economistas dos bancos
apostavam que o superávit da balança comercial brasileira ficaria abaixo
de US$ 10 bilhões neste ano. Na última semana, porém, a aposta já havia
subido para um saldo positivo de US$ 20 bilhões em 2011, e, com isso,
“empataria” com o superávit registrado no ano passado.
fonte: G1