A balança comercial brasileira registrou superávit (exportações menos
importações) de US$ 3,52 bilhões em maio, informou nesta segunda-feira
(1º) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
(MDIC). Trata-se do maior superávit, para meses de maio, desde 2008.
Segundo os números do governo, as exportações somaram US$ 23,21 bilhões
no mês passado, com média diária de US$ 1,05 bilhão, ao mesmo tempo em
que as compras do exterior totalizaram US$19,68 bilhões em maio deste
ano, com média de US$ 894 milhões por dia útil. Sobre maio do ano
passado, as vendas externas subiram 25,2%, e as importações subiram
31,8%.
Acumulado do ano
No acumulado dos cinco primeiros meses deste ano, a balança comercial
brasileira registrou superávit de US$ 8,55 bilhões, informou o
Ministério do Desenvolvimento. Isso representa um crescimento de 52,5%
frente ao mesmo período de 2010, quando o saldo positivo somou US$ 5,61
bilhões.
O aumento do saldo comercial neste ano está relacionado, entre outros
fatores, com a elevação dos preços das chamadas “commodities” (produtos
básicos com cotação internacional, como alimentos, petróleo e minério de
ferro, entre outros) no mercado externo.
De acordo com números do governo, as vendas externas somaram US$ 94,61
bilhões no acumulado deste ano, com crescimento de 30% sobre o mesmo
período de 2010. Ao mesmo tempo, as importações totalizaram US$ 86
bilhões, com elevação de 28,2%.
Ano de 2010 e previsões
No ano passado, com o forte crescimento das importações, fruto do
elevado ritmo de crescimento da economia brasileira (acima de 7,5%) e do
dólar baixo – fator que encarece as vendas externas e tornam as compras
do exterior mais baratas – o saldo comercial ficou positivo em US$
20,27 bilhões, o valor mais baixo em oito anos.
Os economistas de instituições financeiras acreditam que, mesmo com um
crescimento menor da economia (cerca de 4%) e com um dólar desvalorizado
em meio à chamada “guerra cambial”, que é o esforço de alguns países
para desvalorizarem suas moedas e fornecer melhores condições de
competitividade para suas empresas, a balança comercial brasileira, com a
alta dos preços das “commodities”, deve “empatar” com o superávit
registrado em 2010.
A previsão do mercado financeiro é de que o saldo comercial positivo
some US$ 20 bilhões neste ano, mesma previsão da Confederação Nacional
da Indústria (CNI).
fonte: G1