A economia brasileira, expressa pelo número do Produto Interno Bruto (PIB), deverá encerrar este ano com um crescimento de 2,9%, segundo a mediana das expectativas de 30 bancos ouvidos entre os dias 9 e 13 dezembro na Pesquisa Febraban de Projeções Macroeconômicas e Expectativas de Mercado. Em novembro, a previsão era de que o PIB em 2011 fosse fechar com crescimento de 3,2%.
O mesmo levantamento aponta para uma expansão do PIB em 2012 a uma taxa de 3,4%, número que também se situa abaixo da previsão de 4,6% feita pelos bancos em novembro. A inflação medida pelo IPCA, de acordo com o levantamento da Febraban, deverá chegar ao final deste ano em 6,5%, mesma taxa prevista no levantamento anterior. Para 2012, a mediana das expectativas em relação ao IPCA é de 5,4%, taxa ligeiramente inferior à previsão mediana de 5,7% registrada na pesquisa de novembro.
A taxa básica de juros, a Selic, segundo os bancos que participaram da pesquisa de dezembro, deverá terminar 2011 em 11%. Para 2012, a projeção é de 9,50%. Na pesquisa de novembro, as projeções eram 11% para este ano e de 10% para 2012.
Para o dólar, a expectativa mediana dos bancos é de que a moeda norte-americana feche este ano cotada a R$ 1,79 e, 2012, a R$ 1,76. Em novembro, os bancos trabalhavam com a expectativa de que o dólar fosse encerrar este ano cotado a R$ 1,74 e o de 2012, em R$ 1,75.
Ainda de acordo com a pesquisa da Febraban, o saldo da balança comercial deverá encerrar 2011 com um superávit de US$ 28,6 bilhões. No levantamento de novembro, a expectativa para o saldo comercial apontava para um superávit comercial da ordem de US$ 26,6 bilhões. Para 2012, os bancos esperam um superávit de US$ 17,6 bilhões. Na pesquisa anterior, a projeção era de saldo de US$ 18,3 bilhões para o próximo ano.
Pelos cálculos dos bancos, o saldo em transações correntes em 2011 deverá fechar negativo em US$ 54,2 bilhões. Na pesquisa Febraban realizada em novembro, a projeção de déficit na conta corrente do Balanço de Pagamentos Brasileiro era de US$ 56,3 bilhões. A pesquisa deste mês também projeta um déficit da conta corrente de US$ 67,9 bilhões para 2012 ante US$ 67,7 bilhões de déficit para o ano que vem na pesquisa anterior.
Já o ingresso de dólares no País para Investimento Estrangeiro Direto (IED) em 2011, de acordo com os bancos que participaram da pesquisa, deverá somar US$ 60 bilhões. Na consulta de novembro, a projeção de IED para este ano era de US$ 58,2 bilhões. Para o próximo ano, a projeção dos bancos para o IED no País é de US$ 54 bilhões. No levantamento anterior, a projeção era de US$ 52,8 bilhões.
As reservas internacionais, de acordo com a pesquisa Febraban, deverão encerrar este ano somando US$ 357 bilhões. No próximo ano, as previsões apontam para um volume em reservas equivalente a US$ 379 bilhões. Na pesquisa anterior, as previsões eram de US$ 364,9 bilhões em 2011 e de US$ 384,2 bilhões em 2012.
Os 30 bancos consultados pela Febraban em dezembro preveem um superávit primário do setor público consolidado na ordem de 3,1% do PIB no fechamento deste ano. Para 2012, a projeção é de resultado fiscal de 2,7% do PIB. Na pesquisa anterior, feita em novembro, a previsão para 2011 era de 3% e a de 2012 já era de 2,7%
A dívida líquida do governo brasileiro, também na proporção do PIB, deverá encerrar 2011 em 38,4%, de acordo com a pesquisa Febraban, e em 38% no ano que vem. No levantamento anterior, as projeções apontavam para uma relação dívida/PIB de 38,8% em 2011 e de 37,7% em 2012.
Segundo os bancos ouvidos neste mês pela Febraban, as operações de crédito Carteira Total do Sistema Financeiro Nacional (SFN) deverão fechar este ano com crescimento de 17,7%. Na pesquisa de novembro, a previsão era de 17,1%. Para 2012, a expectativa é de que o crédito cresça 16,1% ante 15,5% na pesquisa anterior.
Para as operações de crédito direcionado, a pesquisa atual aponta para uma expansão de 19,9% da Carteira Total do SFN em 2011 e de 17,2% no ano que vem. As operações de crédito com recursos livres, na mesma ordem, devem atingir 15,8% e 15,1%.
O crédito para pessoas físicas deverá chegar a um crescimento de 15,8% em 2011 e a 15% em 2012. Para pessoas físicas, incluindo operações de consignados, a previsão dos bancos aponta para uma expansão de 18,4% neste ano e de 16,2% no próximo ano. As operações de crédito às pessoas físicas para aquisição de veículos, incluindo leasing, devem encerrar este ano com um crescimento de 15,4%. No próximo ano, esta modalidade de crédito deverá avançar 14,6%
Para pessoas jurídicas com recursos livres, o crédito deverá apresentar expansão de 15,8% neste ano e 15,2% no ano que vem. A taxa de inadimplência, com atrasos acima de 90 dias, a previsão dos bancos aponta para crescimento de 5,4% neste não e de 5,1% no próximo ano.
fonte: Jornal do Comércio