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Braskem assumirá central petroquímica do Comperj no Rio

 A Braskem vai assumir 100% da central petroquímica do Complexo
Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), que terá capacidade de
produção de 1,1 milhão de toneladas de eteno a partir de 2017. Segundo o
diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, o
crescimento do consumo previsto para os próximos anos pode fazer,
inclusive, com que haja uma antecipação de até dois anos na entrada em
operação da unidade.

Além disso, a Copa do Mundo e a Olimpíada
do Rio de Janeiro devem ser dois eventos temporais de grande porte que
vão estimular ainda mais o crescimento da demanda por resinas
termoplásticas (polietileno, polipropileno e PVC, principalmente), que
são o foco principal da Braskem.

— A Braskem já definiu que vai
participar, mas ainda precisa fechar documento no mês de abril que é o
acordo final — disse Costa.

Segundo ele, a Braskem deverá se interessar especificamente pelo polietileno e pelo polipropileno.


Como existem outras resinas que não estão no acordo, ela vai definir se
participará ou não desta parte. Se não, a Petrobras vai buscar outros
parceiros — acrescentou.

Gás natural

A Petrobras fez uma
revolução no projeto do Comperj e agora conta com o gás natural do
pré-sal como combustível, além de óleo médio e leve para a produção de
derivados. Segundo o diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto
Costa, a central petroquímica do Comperj vai consumir em média 15
milhões de metros cúbicos por dia. Já a primeira unidade de refino,
prevista para entrar em produção em 2013, com capacidade de
processamento de 165 mil barris por dia, vai utilizar óleo médio e leve,
e não mais o óleo pesado previsto no projeto original.

A
refinaria poderá fazer um “blend” entre petróleo pesado e leve. A
segunda refinaria, que terá a mesma capacidade de processamento, de 165
mil barris por dia, entrará em operação em 2018.

Segundo o
diretor da Petrobras, o projeto original teve que ser modificado porque
ficou defasado depois que ocorreram as confirmações de reservas no
pré-sal da Bacia de Santos. Além disso, segundo ele, o crescimento do
consumo no mercado interno, acima do esperado, exigiu esforços da
empresa para aumentar a oferta destinada ao país.

— As cinco
unidades que projetamos – Ceará, Maranhão, Rio Grande do Norte,
Pernambuco e Rio de Janeiro – serão voltadas exclusivamente para atender
ao mercado interno.

Até mesmo a unidade cearense, que era 100% voltada à exportação, agora terá sua produção destinada ao Brasil.

Costa
também afirmou que dentro dos próximos dois meses deverá haver uma
definição sobre o meio de transporte do gás natural do pré-sal para a
refinaria. Segundo ele, a hipótese mais provável é a de construção de um
gasoduto ligando a área produtiva à costa, num total de 250 a 300
quilômetros.

— Ainda vamos definir o traçado, mas não está
descartada a possibilidade de haver o transporte por meio de GNL
embarcado — disse, destacando que uma possibilidade não exclui a outra.

Ainda
de acordo com o diretor da Petrobras, a utilização do gás natural como
matriz energética para a petroquímica deverá reduzir o custo do projeto.

fonte: Zero Hora