O mercado continuou a assimilar nesta quinta-feira a falta de
consenso no encontro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo
(Opep). Ao decidir manter a produção no nível atual, o cartel deixou o
mercado temeroso de que a demanda supere em muito a oferta. Sob pressão,
os preços internacionais do petróleo subiram ainda mais.
O contrato do WTI com vencimento em julho teve alta de US$ 1,19, para
fechar em US$ 101,93. O ativo para agosto subiu US$ 1,16, para US$
102,45.
O Brent para julho ganhou US$ 1,72 e encerrou o dia a US$ 119,57; o vencimento de agosto subiu US$ 1,64, para US$ 119,11.
O encontro em Viena ficou marcado como a primeira vez, em pelo menos
20 anos, que os países integrantes da Opep não conseguiram chegar a um
acordo sobre o que fazer com a cota de produção.
Na realidade, as dúvidas dos membros da Opep estão em linha com as do
mercado. A dúvida é se, em paralelo a uma retração da oferta, por conta
de conflitos no Oriente Médio e no norte da Áfica, não há também uma
desaceleração na demanda mundial.
Ontem, um dado do mercado dos EUA, maior consumidor da commodity
sinalizou que há demanda por mais petróleo. Os estoques do país recuaram
em 4,8 milhões de barris na semana passada.
Muitos indicadores divulgados recentemente, entretanto, apontam no
sentido contrário. Nesta quinta-feira o Departamento de Trabalho dos EUA
reportou o registro de mil novos pedidos de seguro-desemprego na semana
passada.
fonte: G1