O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho
apresentou uma taxa acumulada de 6,71% entre junho deste ano e junho de
2010. O resultado é o maior desde junho de 2005. Segundo dados
divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), em junho deste ano, o IPCA atingiu 0,15%, o que significou uma
diferença de 0,32 ponto percentual abaixo da taxa de maio (0,47%).
Com
isso, o primeiro semestre do ano fechou em 3,87%, acima da taxa de
3,09% relativa a igual período de 2010. Considerando os últimos 12
meses, o índice situa-se em 6,71%, acima dos 6,55% relativos aos 12
meses imediatamente anteriores. Em 2010 os preços haviam se mantido
estáveis no mês de junho, com o resultado do IPCA exatamente em zero.
A
forte redução na taxa de crescimento do IPCA de maio para junho é
explicada, em grande parte, pela deflação registrada no grupo
alimentação e bebidas, que, da alta de 0,63% em maio, passou para -0,26%
em junho, aliada à queda ainda mais intensa do grupo transporte, que já
havia apresentado -0,24% em maio e, em junho, registrou -0,61%.
Entre
os alimentos, muitos ficaram mais baratos de um mês para o outro,
destacando-se a batata-inglesa (de 6,02% em maio para -11,38% em junho) e
a cenoura (de -9,30% para -16,31%). Mesmo entre os produtos
alimentícios em alta, muitos mostraram desaceleração na taxa de
crescimento de um mês para o outro, como o queijo (de 1,90% para 1,05%
em junho), o iogurte (de 2,07% para 1,01%), o leite em pó (de 1,60% para
0,62%) e o açúcar refinado (de 1,18% para 0,50%).
fonte: Zero Hora