A decisão do Governo Federal de elevar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos importados é considerada pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) uma medida acertada para proteger a competitividade do setor e pode ser estendida para outros segmentos nacionais.
“Enquanto não se chegar a uma solução para o câmbio, a maior tributação e a taxação de produtos importados ou com baixo índice de conteúdo local são ferramentas que o Brasil pode e deve utilizar”, afirmou o presidente da entidade, Heitor José Müller, nessa sexta-feira (16), ao avaliar o anúncio feito pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, de aumentar a alíquota em 30 pontos percentuais.
De acordo com o presidente da Fiergs, a busca do equilíbrio de preços entre produtos fabricados em território nacional e os importados deve ser o foco do governo. “As nossas relações internacionais exigem monitoramento permanente visando sempre evitar os desequilíbrios que prejudicam as indústrias estabelecidas no País. Precisamos estar vigilantes 24 horas por dia”, destacou.
O Brasil, segundo o industrial, tem características importantes para ser ousado no uso das taxações de importados. “Nenhuma nação estrangeira ignora o enorme mercado interno que temos, ou seja, não desperdiça esse grande mercado consumidor; e se sofrermos alguma advertência da OMC (Organização Mundial do Comércio), basta mostrar o dumping econômico, os subsídios, e o dumping social que muitas nações infelizmente praticam”, disse.
Müller, lembrou as palavras da presidente Dilma Roussef fez em seu pronunciamento pela data da Independência, quando afirmou que o governo não permitiria uma ataque às indústrias e aos empregos nacionais e que “jamais”, permitira que artigos estrangeiros concorressem, de forma desleal, com os produtos do Brasil. Para a Fiergs, esse posicionamento mostra a disposição do governo em implantar novas medidas para fortalecer a produção nacional.
fonte: Jornal do Comercio