menos de 32 meses para o início da Copa do Mundo no Brasil, a indústria da construção civil, responsável pelas obras do campeonato, aponta a escassez de mão de obra como o maior obstáculo para a realização do evento.
De acordo com pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada nesta terça-feira (18), com mais de 400 empresas, 71% acreditam que a falta ou alto custo da mão de obra são os principais gargalos para a execução dos jogos mundiais em 2014.
Entre as empresas de grande porte, a percepção é ainda pior: 76% disseram considerar o problema de mão e obra a principal dificuldade para a realização da Copa.
Outras dificuldades apontadas na sondagem da CNI foram a burocracia do processo de licitação (48% do total); prazo curto para o término da obra ou do serviço (45%) e a alta tributação (43%). Considerando apenas as grandes empresas ouvidas pela pesquisa, a segunda principal queixa é quanto ao tempo restrito para finalizar as obras e serviços (57%). Em seguida, aparece a burocracia, que, para as pequenas empresas, é a segunda maior preocupação.
“Hoje, há um problema de mão de obra qualificada e vai continuar existindo no país nos próximos anos. Isso é fato. As empresas colocam isso. Mas, é preciso levar em conta que já houve um desaquecimento do setor em relação a 2010, e a oferta de mão de obra continua aumentando, mesmo que a demanda também tenha esse comportamento. Além disso, tem o aumento dos investimentos em capacitaçãio. As próprias empresas estão fazendo isso”, disse Renato da Fonseca, gerente-executivo de Pesquisa da CNI.
Para Fonseca, os riscos que os jogos mundiais enfrentam dizem respeito à chance de atraso da entrega e do crescente encarecimento do custo das obras. “Atrasa porque, se você contrata pessoas não qualificadas, essa pessoa leva mais tempo para fazer aquele trabalho.”
Efeitos positivos
A percepção da maioria das empresas que foram ouvidas pela sondagem é de que a Copa trará impactos positivos para a indústria da construção (85%). Quanto aos benefícios que os jogos trarão para a própria empresa, 47% disseram acreditar que haverá.
fonte: G1