Em mais sete anos, a petroquímica Innova pretende ser a maior empresa de estirênicos (poliestireno e estireno) da América Latina. Para atingir essa meta, a companhia, que já tinha anunciado uma ampliação de produção para 2016, estuda a possibilidade de construir outra unidade com capacidade para 120 mil toneladas de poliestireno e que entrará em operação em 2020.
Se esse projeto for confirmado, a presidente da Innova, Margareth Feijó Brunnet, afirma que a lógica aponta que o empreendimento seja feito no Rio Grande do Sul, já que todas as outras plantas do grupo encontram-se no polo petroquímico de Triunfo. A dirigente esteve ontem no Palácio Piratini assinando novo protocolo de intenção de investimento para a duplicação da fábrica de estireno (de 250 mil toneladas para 500 mil toneladas ao ano) e ajustes na de etilbenzeno. A empresa e o Estado já tinham firmado, em novembro de 2011, um acordo similar. No entanto, a projeção inicial de investimento era de US$ 250 milhões e agora alcançou o patamar de US$ 350 milhões.
Margareth comenta que houve uma revisão e atualização do projeto de engenharia. Fatores cambiais também refletiram no custo final. A executiva revela que o benefício do Fundopem também aumentou, passando de 30% para 45% de renúncia sobre o ICMS incremental. Mesmo assim, em 2016, quando a nova planta iniciar a produção, a Innova deverá contribuir para que o Estado arrecade cerca de R$ 100 milhões em ICMS no ano, contra a projeção de R$ 41 milhões para 2013.
Inicialmente, a expectativa era de que a expansão fosse concluída no segundo semestre de 2014. Com a revisão, o prazo passou para a última metade de 2016. Margareth detalha que o adiamento do processo fará com que a companhia importe mais estireno nos próximos anos. “Quanto antes o projeto se realizar, melhor para a Innova, mas há uma série de etapas que precisam ser cumpridas”, comenta a executiva. Para 2015, a estimativa da empresa é de importar cerca de 150 mil toneladas de estireno. No ano passado, a compra no mercado externo desse insumo foi de aproximadamente 50 mil toneladas. Com a duplicação, a Innova poderá suprir a sua necessidade e ainda disponibilizar a matéria-prima para outras fabricantes de poliestireno.
O estireno é base para as resinas acrílicas, que servem para a produção de tintas acrílicas, resina poliéster utilizada no revestimento de piscinas, produção de borracha sintética e isopor, entre outros itens. O material também é usado para a fabricação de poliestireno.
Para o ano de 2013, um dos objetivos da Innova (que completa hoje 16 anos de atividades) é passar a sua capacidade de produção de poliestireno de 155 mil toneladas para 175 mil toneladas anuais. Nesse empreendimento, a companhia aportará em torno de R$ 13 milhões. A conclusão dessa expansão deverá ocorrer com a parada de manutenção prevista para julho.
Na cerimônia, realizada na quarta-feira (6), o governador Tarso Genro agradeceu à Innova e à sua controladora, a Petrobras. Segundo ele, essa estatal tem “olhado o Rio Grande do Sul com o respeito e carinho que o Estado merece”. Já o secretário do Desenvolvimento e Promoção do Investimento, Mauro Knijnik, salienta que espera que o incremento da produção da Innova propicie a atração de novos empreendedores do plástico para o Estado. Um dos possíveis clientes da companhia será a Multplast, que investirá R$ 25,4 milhões na construção de uma fábrica de transformação de material plástico em Osório.
Fonte: Jornal do Comércio
Na foto: Presidente da Innova, Margareth Feijó Brunnet e o Presidente do Sinplast, Edilson Deitos
Crédito da foto: Sérgio Martins