O Comitê Sinplast do Segmento de Injeção promoveu nesta terça-feira (18) no Salão de Convenções da FIERGS o 1º Encontro de Transformação por Injeção em um dia de conhecimento especializado com a presença de grandes empresas e um público de 78 pessoas. O presidente do Sinplast Edilson Deitos lembrou a escolha do Sindicato em trabalhar por comitês, realizando assim um evento específico. Deitos também destacou aos presentes o Programa Tampinha Legal, que promove a valorização da reciclagem do plástico.
A primeira palestra do dia foi de André Bertolotti, da Braskem, que falou sobre características das matérias primas e das máquinas no processo de injeção, as propriedades de PE e PP e as etapas de confecção das peças e suas variáveis. Na sequência, Leandro Goulart, da Arburg, apresentou soluções para embalagens injetadas com fatores de otimização de processo. “O ganho de 1 décimo de segundo faz diferença. Não são 5 segundos, 1 décimo de segundo em ciclo rápido pode ser vital”. Goulart abordou as especificidades de embalagens de parede fina e da produção de tampas. Destacou a necessidade de cuidar bem do que é função da máquina e do molde. “Precisa ver o que é do que, pois algumas vezes se transfere para máquina o que é responsabilidade do molde”, comentou. E a diferença de máquinas elétricas e hidráulicas conforme o produto.
Jean Carlos Gessele Adriani, da OK Automation, trouxe o tema Sistemas robóticos para In Mold Label e suas vantagens, como embalagens com valor agregado maior e controle de qualidade na produção. “Esse mercado teve seu auge em 2013 e 2014. Com a crise, algumas empresas adotaram embalagens mais comuns para manter o produto, baixar o preço, como no iogurte grego. Mas com a retomada da economia vai voltar a demanda de embalagens melhores”, avalia. Na parte da tarde, Gabriel Nunes, da TNS, tratou de inovação como estratégia para crescer na crise, afirmando que não é preciso lançar um iPhone novo, mas também não pode haver descaso. Ele lembrou o caso da Nokia, que há alguns anos era uma grande marca em telefonia, destacando que em time que está ganhando tem que se mexer sim. Mas com cuidado, visão para selecionar o que se vai fazer. “As empresas não morrem por falta de projeto, mas por excesso”. Nunes apresentou novidades em antimicrobianos, o que atraiu o interesse do público.
Marcos Cardenal, da Wittmann Battenfeld, encerrou o dia falando sobre a Indústria 4.0 e as inovações na fabricação de peças injetadas. Cardenal explicou que, ao contrário das três primeiras, na 4.0 não há um divisor de águas concreto, um elemento definidor claro, mas a caracterizam a capacidade de conexão, comunicação e operação; tudo em tempo real, tomada de decisão rapidamente; modularidade e flexibilidade. “Na Indústria 4.0, a injetora é a cabeça do sistema de produção. Se comunica com periféricos e robôs”. São vantagens a otimização de processos de fabricação, melhor atendimento ao cliente e aumento da produtividade através da eficiência no controle. Cardenal falou desses pontos em questões específicas da injeção e apresentou um app para calcular as diferentes etapas de produção.
O coordenador do Comitê Sinplast do Segmento de Injeção, Marcelo Sperb, avaliou o evento como excelente. “Conseguimos em uma primeira edição trazer vários associados e os temas desenvolvidos foram muito interessantes, com bastante participação do público”. Ele destacou que o dia não acabou com o fim das palestras, como se viu no networking na saída. “Foi o primeiro de muitos encontros de injeção”, afirma.