Encerramos hoje a série de textos de autoria de Claudio Marcondes, Júlio Harada e Manoel Lisboa, da consultoria PlasticXperience, que contemplam a valorização do setor plástico. Leia e compartilhe!
Plástico: agride ou preserva a vida?
Quem é o responsável pelo acidente de trânsito? O carro ou o condutor? Quem é responsável pela solidez de um edifício? O cimento, a areia, o ferro ou o projetista? Quem é responsável pela poluição? Os materiais, os produtos químicos ou a sociedade, que necessita fazer uma gestão de resíduos adequada?
O entendimento superficial de um problema muitas vezes leva a sociedade a tomar conclusões errôneas sobre vários assuntos. Quem não se lembra que o ovo já foi considerado prejudicial à saúde? E o que aconteceu depois de um melhor entendimento sobre suas propriedades? O mesmo passou a ser considerado um alimento saudável e passou até mesmo a fazer parte da dieta de atletas. Assim como aconteceu com o ovo, o plástico tem sido objeto de uma análise e julgamentos incorretos pela sociedade, sendo apontado como o grande responsável pela poluição dos oceanos, isentando a sociedade de sua responsabilidade.
Vamos aos fatos: este material tem contribuído de forma significativa para preservar a vida no planeta. Por sua versatilidade, excelentes propriedades, pouco consumo de energia nos processos produtivos e baixo custo, o plástico tem sido largamente empregado na produção de vários itens. Ele traz nossos alimentos, nossos medicamentos, nossa água, leva nosso esgoto e está presente em uma infinidade de atividades diárias. Infelizmente, assim como acontece com qualquer material ou produto, ele deve ser descartado de forma correta após o uso. O descarte correto evita a contaminação do meio ambiente e permite que sua reutilização. Após ser usado, o plástico pode ser facilmente reciclado para ser transformado em outros itens, produtos químicos ou energia.
A gestão de resíduos é uma obrigação dos governos e dever da sociedade, a qual necessita ser educada corretamente e compartilhar esta responsabilidade. Quando o plástico chega aos rios e oceanos, não é só o problema de poluição, mas também o desperdício de matéria-prima e, consequentemente, uma perda irreparável de valor econômico. Várias tecnologias estão disponíveis hoje para sua reutilização.
A prioridade é o que chamamos de reciclagem primária, no qual o material plástico usado é limpo, moído e reprocessado para que possa gerar novas peças. Isso significa uma redução no consumo de matérias-primas e energia, algo fundamental para a preservação do planeta. Outra possibilidade é a reciclagem química, que permite a produção de combustíveis e produtos químicos de alta pureza e valor agregado. Uma terceira possibilidade é a utilização energética. Devido ao seu alto poder calorífico, o plástico, através de uma queima controlada, pode produzir energia térmica ou eletricidade.
Plástico: se usado e descartado de forma adequada, ele preserva a vida, gera riqueza e valor para sociedade.