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A cadeia solidária do pet

  As garrafas pet já são transformadas há algum tempo em sacolas, calçados, cortinas, mochilas e camisetas em cadeia que se desdobra por várias etapas. Ela parte do recolhimento das garrafas e sua compactação. Na etapa seguinte, o material é lavado e picotado, processo conhecido por flake; transformado em fio e tecido logo a seguir e, finalmente, na confecção para o consumidor. Da etapa inicial à final, o valor agregado se multiplica por 30, explica a diretora da Secretaria Estadual da Economia Solidária e Apoio à Micro e Pequena Empresa, Nelsa Fabian Nespolo. A partir de janeiro deste ano, as etapas vêm sendo coordenadas em cadeia binacional.
Cadeia de cooperativas
Os catadores gaúchos reunidos em cooperativas continuam fazendo a compactação do pet só que não o vendem mais a intermediários, mas a outras cooperativas. A primeira delas, que faz a transformação em fibra, é do Uruguai. De lá a fibra volta ao Brasil e vai a uma cooperativa de Minas Gerais, que faz o fio e o tecido, saindo de lá para as costureiras confeccionarem os produtos ao consumidor.
Os polos de catadores
A meta da coordenação desta cadeia é organizar os catadores gaúchos em cinco polos regionais para assumirem também a etapa do flake, picotando o pet para posterior transformação em fibra, já agregando maior valor. Só que esta fase, explica a diretora Nelsa, encontra maiores dificuldades, porque exige mais recursos para compra de máquinas que atingem R$ 250 mil cada, ou R$ 1,25 milhão as cinco dos polos.