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Comitê de Energia Elétrica do Sinplast chama a atenção o furto de energia elétrica no Brasil

Em editorial do dia 20 de fevereiro, o jornal O Estado de São Paulo abordou um tema que vêm sendo amplamente divulgado pelo Comitê de Energia Elétrica do Sinplast: a eficiência energética e a pesada carga tributária cobrada pelo uso da energia elétrica no Brasil. O editorial afirma que, não bastando as altas taxas da conta de luz, elas ainda são oneradas pelos famosos “gatos”, como são popularmente chamadas as ligações clandestinas que indivíduos ou quadrilhas fazem na rede de energia elétrica.

Segundo dados divulgados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), em média 13% da energia elétrica consumida no País não é faturada pelas concessionárias, ocasionando um prejuízo de R$ 7 bilhões por ano. A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), por sua vez, estima que a média nacional seja de 5,1% em relação à energia gerada pelo sistema em operação.

De qualquer maneira, o contribuinte brasileiro é quem sai perdendo. Nas revisões tarifárias de cada concessionária são computados estes roubos para aumento da tarifa. O editorial sugere como uma possível solução para o problema a fiscalização, tanto do governo quanto das próprias concessionárias de energia elétrica, que têm interesse direto em aumentar seu faturamento, e, portanto, deveriam exercer maior vigilância.

Conforme o texto, é preciso considerar ainda que, além dos prejuízos causados pelas ligações clandestinas, ocorrem perdas também no processo de transmissão e distribuição. Tudo considerado, a taxa do Brasil (próxima de 17%, segundo a Abradee) é quase o dobro da verificada em 38 países (9%). Como resultado, o país é um dos que mais deixam de arrecadar em relação ao total de energia elétrica fornecido à população.

O editorial termina afirmando: “Tudo parece indicar que a tarifa social para o fornecimento de energia elétrica, para a faixa de até três salários mínimos, com descontos variáveis na conta de luz de acordo com o nível de consumo, não vem tendo a aceitação que seria de desejar. Isso porque os que montam os ‘gatos’, com conhecimento rudimentar de eletricidade, prometem, mediante certa propina, livrar os consumidores de qualquer conta a pagar. As consequências têm sido os incêndios provocados por curtos-circuitos, que têm consumido favelas inteiras nos grandes centros”.