Gerson Haas – Presidente do Sinplast-RS
É importante acreditar que tiraremos muitos aprendizados e evoluiremos como sociedade depois que essa pandemia passar. Até agora, em poucos dias de isolamento social, já se percebe novos comportamentos, novos hábitos. O que até 15 dias atrás era inimaginável hoje já é encarado como essencial.
Conscientização? Quero entender que esse será um dos maiores ensinamentos desse período. Se cada um fizer sempre a sua parte ou pelo menos o melhor a partir de si mesmo certamente teremos um mundo mais evoluído, agora e depois. Digo isso aos nossos governantes: será que impor a proibição do uso de descartáveis plásticos é algo eficiente para uma sociedade melhor? Hoje, em meio à pandemia, vemos claramente que esses itens são uma questão de saúde pública, nas ruas, nas casas, nos hospitais. O copinho e o canudo, até então proibidos, hoje são recomendados.
E a indústria, com seus mais de 380 mil funcionários diretos, segue fazendo a sua parte: produzindo e até doando milhões de itens descartáveis de norte a sul do Brasil como forma de colaborar com o combate à propagação do coronavírus. São utensílios médico-hospitalares, como máscaras, seringas, respiradores, vestimentas para médicos e enfermeiros, assim como, embalagens para alimentos, medicamentos, produtos de limpeza e até para o tão concorrido álcool gel. E aí mais uma vez falo em conscientização: em casa precisamos ter clara a importância de separar os resíduos adequadamente para que o descarte do plástico e de qualquer outro material seja eficaz.
Enfrentar o COVID-19 é questão de sobrevivência: das pessoas, das empresas, dos governos. Prefiro acreditar que seja um ciclo virtuoso: o ser humano seguindo as recomendações dos órgãos oficiais de saúde para que a indústria e os serviços essenciais produzam e o governo não deixe de arrecadar para então investir novamente numa sociedade ainda mais consciente. Otimismo? Sempre.